Jerônimo Muzetti, presidente da Festa do Peão de Barretos, revela ao Movimento Country o destino do evento e 2021 e surpreende
O empresário Jerônimo Luiz Muzetti, conhecido como Jerominho, presidente do grupo Os Independentes, está há uma década à frente da organização e gestão da Festa do Peão de Barretos, maior rodeio da América Latina e palco de grandes shows musicais, com artistas nacionais e internacionais.
Em uma parceria entre o Movimento Country e o Podcast EnterHits, sob o comando do radialista Enio Silvério e do produtor musical Reinaldo Barriga, a entrevista exclusiva com Jerominho trouxe grande variedade de assuntos relacionados ao seu trabalho no comando da Festa do Peão de Barretos, em meio a rumores de cancelamento do evento de 2021.
Os entrevistadores iniciaram abordando os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e, a esse respeito, Enio disse que “a nossa geração está vivendo um desafio que nunca imaginou (…). A gente ouvia os nossos avós falarem de crises, de pandemias, de revoluções, guerras, mas a gente nunca imaginou que, com a evolução da tecnologia, a gente pudesse passar por um momento desses”.
Enio prossegue, então, para o assunto que todos querem saber, e pergunta se, neste momento em que Barretos acaba de passar por um ‘lockdown’ e diante de todas as restrições impostas pelos governos estaduais e municipais como políticas de enfrentamento da crise sanitária, “vai ter rodeio de Barretos em 2021”?
Jerominho responde que “vai ter rodeio sim! Está programado, hoje eu estou o dia todo trabalhando no formato que nós vamos fazer. Nós vamos anunciar nos próximos dias o formato que nós vamos fazer, a gente não soltou para a imprensa ainda o formato, mas nós vamos estar na casa de todo mundo, mostrando o que tem de melhor de show, de provas.”
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“É claro que eu dependo se eu terei um grande público ou nenhum público ou se eu vou mostrar virtualmente, digitalmente para as pessoas verem de casa, mas que a festa vai acontecer, vai. Nós já passamos por inúmeros problemas ao longo da nossa vida”, completou Jerominho.
“Não tem ano que a gente não tenha um frio na barriga. Quem produz o evento, vai começar o evento você tem muitas dificuldades. Nós já tivemos apagão, na época que faltava energia, já tivemos anos em que a festa começava na quinta e na terça deu um vendaval que derrubou o parque inteiro”, revelou o entrevistado.
“Aquela (gripe) H1N1, naquela época também foi um problema, com todo mundo dizendo que não podia estar no evento, e mesmo assim foi um sucesso. Bombeiros em aprovação de última hora, colocam algum empecilho, mas a gente nunca esperava que nós teríamos esse problema dessa pandemia”, lamentou Jerominho.
“No ano passado, quando começou a pandemia, eu achava que isso era coisa de dias, depois era coisa de meses e, infelizmente, quando vimos, já cancelou o carnaval, Barretos também foi adiando. Quando chegou agosto, a gente resolveu fazer uma grande live, fizemos uma das maiores lives do país, de grandiosidade, de visibilidade (…), porque eu achava que nós tínhamos que mostrar o tamanho que Barretos é”, disse o entrevistado.
Assista ao trecho do vídeo da entrevista com Jerominho:
Pandemia longa coloca a Festa do Peão de Barretos em risco
Na sequência, Jerominho revela que, mesmo tendo iniciado os preparativos para a festa de 2021 no último mês de janeiro, “nós estamos aí (em) junho e ainda sem definição do que podemos e não podemos fazer”.
“A gente ficava todo mundo assistindo pela televisão ano passado, vamos chegar no pico da doença em abril, o pico em maio, e agora estamos até o dia de hoje e o pico ainda não terminou. Barretos está aqui fechada. Até que as pessoas estão respeitando muito bem (…) as pessoas nas entradas da cidade estão sendo abordadas, onde vai e porque”, revelou Jerominho.
“Pelo menos a cidade está fazendo a parte dela, mas a gente está com 100% de todos os hospitais aqui tomados. Como Barretos é uma regional, recebe pacientes de dessas cidades todas e isso também nos atrapalhou um pouco. Mas tem um lado político aí também, infelizmente, deixa um pouco a desejar com relação a isso”, criticou o entrevistado.
Por fim, Jerominho disse que a solução para os problemas decorrentes da pandemia está em um esforço coletivo de colaboração. “Eu acho que se todos trabalhassem, se todos nós tivéssemos aí os nossos políticos trabalhando de mãos dadas, talvez a gente estaria um, dois ou três meses adiantados, mas infelizmente cada um está puxando de um lado”, lamentou.