Gusttavo Lima é acusado de plágio por compositor em música “Saudade Sua” e pode perder fortuna em processo judicial de R$ 80 milhões
O sertanejo Gusttavo Lima, que está sendo investigado por aglomeração em aniversário de suposto chefe do crime organizado, se envolveu em nova polêmica. Agora, o cantor enfrenta um processo judicial no valor de R$ 80 milhões contra o compositor Fábio Basílio de Freitas, que alega ser o verdadeiro autor da música “Saudade Sua”, um dos maiores hits do sertanejo.
O compositor alega que chegou a oferecer sua música para o “Embaixador”, mas ele recusou a proposta e, anos depois, surgiu com uma composição quase idêntica à sua. Revoltado com o plágio, Fábio tentou contato com Gusttavo Lima, mas foi bloqueado e, então, resolveu processá-lo.
A música original de Fábio teria como título “Fundo do Poço”, e teria sido oferecida a Gusttavo, em 2018, por R$ 100 mil, mas o sertanejo não aceitou. Os especialistas em música Enio Silvério e Reinaldo Barriga, no podcast EnterHits, comentaram a mais recente confusão em que se meteu Gusttavo Lima.
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Enio Silvério inicia seus comentários perguntando ao parceiro especialista se é comum no meio sertanejo “esse negócio de vender a música”. Reinaldo, por sua vez, informa que “a obra não pode ser vendida, a obra é de propriedade do autor, é intransferível. Se o artista quer a música, o investidor paga às vezes o preço (pelo uso da canção), mas mesmo assim, ele não é o dono da obra”.
“Depois que o Gusttavo Lima sumiu, segundo as palavras do reclamante, foi aí que, em 2020 Fábio, ouviu “Saudade Sua” em uma rede social, e percebeu o que a música era uma cópia de sua versão, então ele cobrou o cantor via mensagem, mas foi bloqueado”.
“O advogado do compositor afirma que, antes de iniciar o processo na justiça, eles haviam entrado em contato com o Gusttavo Lima, que ofereceu R$ 20 mil pelos direitos da música. A oferta foi recusada e agora o cantor sertanejo pode perder 80 milhões de reais por plágio. Não é a primeira vez que isso acontece”, comentou Enio.
Ainda segundo o especialista, “quando se vende, se vende o direito, a exclusividade da gravação, e não a composição, mesmo porque é proibido vender uma música da sua composição. Você não pode doar a sua música nem para os seus filhos nem para os seus netos nem para a sua esposa. O direito da composição é um direito intransferível”, apontou.
“Os seus herdeiros só terão direito a esta música depois da sua morte, e depois de 80 anos, segundo uma lei, a música vira de domínio público”, completou Enio. Já para Reinaldo, “quando o Gusttavo Lima oferece 20 mil, parece uma confissão de culpa”.
Assista ao podcast logo abaixou ou clique aqui para ouvir o conteúdo na íntegra no Spotify.
Gusttavo Lima vai abandonar o sertanejo para cantar forró?
Prosseguindo o bate-papo sobre Gusttavo Lima, que recentemente se revoltou com Eduardo Costa por causa de Andressa Suíta, Enio comenta sobre a grande disposição do cantor para polêmicas e também para diversificar seus trabalhos.
“Agora mais recentemente, a gente pôde acompanhar nas redes sociais, que ele acaba de gravar um novo trabalho e parece-me que vem aí forró. Imagina o Gusttavo Lima cantando forró, seria um estilo pisadinha, para não ir direto ao piseiro?”, indagou o especialista.
“Ele teria gravado um trabalho de forró, mas com elementos da pisadinha e do piseiro. Teríamos um Gusttavo Lima, depois do rei da bachata, o rei do piseiro? Vamos aguardar, não é?”, completou.
Sobre Enio Silvério: Radialista e comunicador desde os 17 anos. Dirigiu as maiores emissoras de rádio do Brasil, como a Transamérica, em Curitiba, Rádio 100 (CE), Rádio Cidade (RJ), Rádio Cidade (BA) a Rádio Cidade (SP) e Tupi FM (SP) que se tornaram líderes absolutas de audiência sob sua direção. Foi o responsável direto para o sucesso em todo o país dos segmentos Axé Music e Sertanejo Universitário.
Sobre Reinaldo Barriga: Um dos maiores compositores, músicos e produtores musicais do Brasil. Já assinou trabalhos de grandes artistas como Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Lulu Santos, Nenhum de Nós, Camisa de Vênus, Chrystian e Ralf e recebeu dois Grammys Latino pela sua produção dos álbuns “Vida Marvada” e “Grandes Clássicos Sertanejos acústico II” da dupla Chitãozinho e Xororó.